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7.7.5 – OS QUATRO REINOS DE DANIEL E OS DEZ REINOS DO APOCALIPSE
É altamente recomendável que sejam lidas consecutivamente na sequência as postagens numeradas de 7.7.1 a 7.7.6 e os respectivos anexos, listados no ÍNDICE do blog e na postagem 7.7 – OS QUATRO REINOS DE DANIEL E OS DEZ REINOS DO APOCALIPSE, para que o leitor tenha uma compreensão de continuidade do que está exposto, analisado e concluído nesta série de postagens.
52. A HISTÓRIA COMO
REPETIÇÃO DENTRO DE UM PADRÃO IDENTIFICADO
A análise do período
compreendido entre o ano 313 e o ano 844 evidencia um padrão nas relações de
poder, padrão que foi perpetuado e que permite compreender a configuração que
ocorreu na Europa Ocidental e Oriental desde então até
hoje.
Portanto, com base no que
já foi exposto, conclui-se que a atuação da ICAR e da Elite que sucedeu os
Iniciados Patrícios Romanos na
Europa Ocidental, desde o ano 800 até o presente, sempre foi uma relação de
CONFLITUOSA PARCERIA, mantida tanto na disputa de interesses conflitantes, como
na obtenção de objetivos comuns, SEMPRE DE CARÁTER PATRIMONIAL, obtidos sob
manipulação ideológica.
Em português claro: a
despeito de diferenças e de divergências, os Iniciados e a Cúpula da ICAR
passaram a ser PARCEIROS MUTUAMENTE NECESSÁRIOS E MUTUAMENTE EXCLUSIVOS no
objetivo comum de concentrar PODER através da concentração de patrimônio na
forma de propriedades imóveis, ouro, pedras e metais preciosos, bens duráveis, e
meios de produção.
Nessa "equação", a
Igreja
Ortodoxa (desde o ano 1054) e as
Igrejas Reformadas (desde o ano 1517) têm
atuado como "variáveis" necessárias e "ajustáveis", só
isso.
A "unidade da Igreja"
pretendida pela ICAR, e o sentido de unidade original do Império Romano
pretendida pelos Iniciados Iluminados têm sido meros MEIOS para
proporcionar a concentração mútua DE PODER, com toda a gratificação pessoal
individual que tal PODER proporciona aos Iniciados Iluminados e seus respectivos
cúmplices conscientes ou não conscientes do quanto são cúmplices.
É essa gratificação
pessoal proporcionada pela desproporcional e desnecessária acumulação excessiva
de riqueza que REALIMENTA a ânsia de atingir os objetivos de longo prazo, como a
Nova Ordem Mundial.
E é essa riqueza
desproporcionalmente excessiva dos Iniciados Iluminados (Illuminati) que os motiva a sentirem um
PROFUNDO DESPREZO por seus pares da ICAR que são motivados por uma crença
abstrata na materialização do Reino de Deus neste mundo pela Igreja — um
"projeto" baseado na concepção de "Cidade de Deus" de Agostinho de Hipona, o
Santo Agostinho, e quase realizado como consequência da expansão dos MUÇULMANOS,
conforme já exposto.
Esse PROFUNDO DESPREZO dos
Dez Governantes pela "Prostituta" de Roma é citado em Apocalipse 17:15-18, e é o
motivo pelo qual os Dez Governantes Illuminati dos DEZ
BLOCOS DE INTEGRAÇÃO vão incinerar a cidade de
Roma [Apocalipse 18:8].
Mas não serão analisadas
pormenorizadamente as etapas galgadas para que a situação chegasse ao ponto
atual, porque a análise prévia nesta postagem do período 313-844 parece ser
suficiente para o estabelecimento do padrão de análise que atende os objetivos
desta postagem e do blog.
Alguns episódios e
instituições, no entanto, requerem pelo menos uma breve menção e
análise.
De um ponto de vista
estritamente espiritual, pode-se escrever que o longo período de configuração do
Catolicismo Romano, desde o Edito de Milão de 313 até o presente, foi uma
estratégia de longo prazo dos adeptos da Elite de Iniciados Iluminados da
Religião de Mistérios da Babilônia para que os cristãos mais
sinceros pudessem vir a ser persuadidos a se tornarem colaboradores da ICAR ou
que, no mínimo, deixassem de ser opositores e questionadores eficientes contra
ela.
A postagem 5 - OS
ERROS das novas "traduções" - a origem da
APOSTASIA expõe a extrema sutileza
que foi usada para fundamentar os persuasivos argumentos a favor da colocação do
"amor cristão" acima das "diferenças doutrinárias" em favor da "unidade da fé" no
ecumenismo.
A postagem 6 -
APOSTASIA DA FÉ, no tópico IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA (ICAR) - O
INÍCIO expõe algumas doutrinas adotadas pela cúpula de Iniciados
Iluminados da ICAR para sincretizá-la suficientemente com a Religião de Mistérios da Babilônia e de outras religiões com
fundamentação LUCIFERIANA (como a Religião Asteca, a Religião Inca, e o
Candomblé), de forma que possam colocar a ICAR na primazia sobre TODAS as outras
religiões do mundo.
Ainda na postagem
6 -
APOSTASIA DA FÉ, o tópico O
Iluminismo Europeu contra a Bíblia expõe a conexão entre a ICAR, a
Reforma Protestante, e o Iluminismo na SEPARAÇÃO "RACIONAL" ENTRE FÉ E RAZÃO,
com a colocação da "Razão" como fundamento idôneo, "independente" e "aceitável"
para relativizar e desqualificar a Palavra de Deus como única e suficiente
base de fé.
A postagem 7.13 -
O "REAPARECIMENTO DO CRISTO" contém um resumo de
informações da presente postagem para fundamentar os tópicos seguintes. O tópico
"SANTA" INQUISIÇÃO, BANQUEIROS JUDEUS,
REFORMA PROTESTANTE expõe a extremamente dissimulada conexão entre a
ICAR, o Judaísmo Talmúdico, e a Reforma Protestante, na necessária SEPARAÇÃO ENTRE IGREJA E ESTADO como
mero pretexto para que barbaridades como a Escravidão Africana pudessem ser
perpetradas apenas por razões econômicas no interesse "maior" do
"Estado".
Ainda na postagem 7.13 - O "REAPARECIMENTO DO CRISTO", o tópico KUKULKÁN, QUETZALCOATL, CRISTO REAPARECIDO, MAITREYA expõe a eficiência e a sutileza dos Iniciados na Religião de Mistérios da Babilônia, infiltrados na cúpula da ICAR, em "adequar" a Doutrina da Igreja Católica às religiões fundamentadas em inspiração LUCIFERIANA, como a Religião dos Astecas que dominavam o México antes da invasão espanhola, e dos remanescentes Maias da América Central.
53. AS ORDENS RELIGIOSAS E
AS SOCIEDADES SECRETAS
Conforme já exposto na
Introdução desta postagem, é assumido aqui que os verdadeiros atores da História
têm conduzido ou aproveitado acontecimentos em proveito de um antigo projeto de
unificação da humanidade sob o poder de uma Elite que atua de forma tão
organizada e discreta que a grande maioria das pessoas sequer se dá conta de que
tal Elite existe e conduz os acontecimentos.
Nesse contexto de condução
"discreta" (para não escrever secreta) dos acontecimentos, é extremamente velada
e quase nada comentada a cooptação das instituições religiosas pela Elite de
Iniciados Iluminados em seu projeto de "Construção" da Nova Ordem Mundial, com
seus DEZ
BLOCOS DE INTEGRAÇÃO.
Para alguém que tenha lido
muitos livros e publicações sobre esoterismo (em suas múltiplas versões), fica
claro que há uma enormidade de padres e bispos católicos e pastores e bispos
"protestantes" Iniciados em certa sociedade "discreta" baseada na Religião de Mistérios da Babilônia. Tanto os
pronunciamentos, como as ações e omissões desses religiosos sinalizam com
clareza qual é o seu verdadeiro referencial, o qual DETERMINA suas ações e
omissões.
É essencial sempre lembrar
que nas Ordens e nas Sociedades "discretas" e secretas derivadas da
Religião de Mistérios da Babilônia, os SEGREDOS e MISTÉRIOS
SEMPRE incluem a discrição ou O SEGREDO envolvido no comprometimento PATRIMONIAL
de seus membros entre si.
A "lealdade" entre os
Iniciados é apenas e tão somente motivada ou pela recompensa
patrimonial (seja financeira, seja
material), ou pela punição
patrimonial (perda de privilégio), ou pela punição pessoal (há ordens que
incluem ameaça de degola para os Iniciados que revelarem algum dos "segredos" ou
"mistérios").
Ou seja: os membros que possuem bens imóveis, bens de produção (como fábricas, manufaturas, etc.) ou quaisquer bens materiais ou imateriais (como títulos de direitos sobre outros bens, como participações acionárias) são persuadidos a "compartilharem", de uma forma ou de outra, tais bens com os "irmãos" através do estabelecimento de vínculos formais, como o estabelecimento de sociedades mercantis, abertura de bens à sociedade com "irmãos", outorga de procurações, lavratura de testamento, e tantos meios quantos possíveis para o "compartilhamento" do controle patrimonial entre os Iniciados, sempre com poderes extraordinários garantidos aos Iniciados de maior grau.
53.1 A religiosidade como
meio de controle social.
A prática de usar a
religião como meio para estabelecer crenças e rituais de forma que os
"desobedientes" possam ser identificados e punidos tem sido um eficiente
instrumento de controle social. Como já exposto nesta postagem, tal
"religiosidade" no Império Romano está inserida na lógica da Religião de Mistérios da Babilônia e remonta à fundação da
cidade de Roma.
Ou seja: o sistema de crenças dos adeptos das sociedades baseadas na Religião de Mistérios da Babilônia se presta apenas e tão somente para IDENTIFICAR quem sabe e quem não sabe os "segredos" e os "mistérios". O sistema de crenças tem objetivo eminentemente PRÁTICO.
Tal forma de controle é
eficiente dentro das Ordens e Sociedades "discretas" e secretas, assim como nas
organizações religiosas em geral. Exigir a prática de certos rituais e vigiar os
membros do grupo para ver quem obedece e quem não obedece é um meio muito
eficiente de controle social em qualquer nível de organização
social.
Mas não é só nas Sociedades "discretas" e secretas, no Catolicismo e demais religiões de fundamentação supostamente cristã que há esse tipo de controle. Na Religião Muçulmana, por exemplo, a obrigatoriedade das cinco orações diárias é um eficiente meio de controle de quem é "fiel", e quem não obedece está sujeito à censura e à punição. No Hinduísmo, no Budismo, no Xintoísmo, no Candomblé e na Macumba há toda uma ritualística envolvendo objetos "sagrados" (às vezes "divinos") que permite às lideranças exercer controle rigoroso sobre os "fiéis".
53.2 A religiosidade no
Império Romano como meio de controle social.
Desde o reinado de Carlos
Magno (r.768-814), tanto os Patrícios Romanos, quanto os Patrícios de
Constantinopla (Patrikios Bizantinos) usaram do poder da ICAR para ampliar alianças e
parentescos, de forma a também ampliar patrimônio e influência
política.
Alguns exemplos mostram a
interconexão de interesses no Império Romano do Ocidente. Os reis francos
passaram a ser patrícios romanos a partir da investidura (ou teria sido
Iniciação?) do pai de Carlos Magno, Pepino, o Breve, como patricius romanorum em 754 pelo Papa
Estêvão II (p.752-757).
O Rei Luís
IX da França (r.1226-1270), por
exemplo, manteve apoio tão extremo à ICAR a ponto de ter sido canonizado como
São Luís, um SANTO! Isso não seria tão surpreendente e questionável, se ele não
tivesse usado a horripilante Inquisição (1184-1821) para
"confiscar" com "autorização legal" e "justificação espiritual" bens de crentes
bíblicos e de judeus que se recusassem a se converter ao Catolicismo Romano, e
cobrar salvo conduto dos judeus que, por algum motivo, o Rei Luís
IX da França tivesse a conveniência de
manter na França.
Não por acaso, o secretário de Luís IX da França, o soldado e advogado Guy Foulques, foi "eleito" Papa Clemente IV (p.1265-1268). O patrocínio e a participação do Rei Luís IX da França em pelo menos duas Cruzadas podem ter sido motivo adicional para a sua canonização como santo católico, pois ele ajudou a ICAR a enriquecer ainda mais.
53.3 O Começo – Os Novos
Patrícios Do Império.
Desde o ano 325, a
ascensão de "bárbaros" protegidos da cúpula da ICAR à condição de Patrícios Romanos teve repercussões sociais
e políticas no passado e que repercutem até o presente.
Afinal, a ICAR havia sido
fundada em 325 com o apoio de alguns Patrícios Romanos, Iniciados nas Religiões
de Mistérios que havia nos domínios do Império Romano, as quais eram derivadas
da Religião de Mistérios da Babilônia.
Esses Patrícios Romanos
Iniciados eram "leais" à ICAR na medida em que o clero podia ser manipulado para
corresponder aos interesses desses Iniciados. A ICAR foi fundada para ser uma
Religião sincrética o suficiente para acolher os Iniciados nos Mistérios como
fieis, e permitir a eles a manipulação do clero e dos leigos não iniciados e,
assim, induzir a ICAR a atender aos interesses dos Patrícios
Iniciados.
Quando a capital do
Império Romano foi transferida para Constantinopla em 330, os Patrícios Romanos
Iniciados nos Mistérios, que foram para
Constantinopla com a corte do Imperador Constantino I (r.306-337), passaram a
compor uma nova Elite local de Iniciados com os Patrícios Gregos Iniciados nos Mistérios que já moravam lá.
Tais Patrikios agregaram, com o passar
do tempo, componentes de outras procedências étnicas, como os godos e os armênios, bem como cazares, eslavos, búlgaros e RUSSOS, antes da tomada de
Constantinopla pelos turcos otomanos muçulmanos.
Em Roma, os Patrícios
Romanos Iniciados nos Mistérios também usaram do
compromisso da Iniciação como estratégia para atrair lealdades sob a autoridade
da ICAR, e dessa forma foram acrescentados à nobreza romana os Patrícios
Hérulos, Ostrogodos, Visigodos, Lombardos, Francos, e Germânicos.
Assim, apesar de haver um
ideário comum entre as Ordens Iniciáticas, as lutas por interesses divergentes
levaram os Patrícios a formarem grupos que atuaram como aliados ou como rivais,
conforme os interesses dos envolvidos eram atendidos ou prejudicados, sempre objetivamente motivados por
convicções de origem patrimonial familiar e tribal. Por "origem
patrimonial", entenda-se aqui, objetivamente, a propriedade de terras e de
riquezas reconhecidas como tais pelas respectivas populações da época. Os metais
ouro e prata estiveram na preferência da atribuição de riqueza reconhecida pela
maioria dos povos euro-asiáticos, e ainda é assim.
Mas as evidências mostram
que, com o passar do tempo, a Hierarquia da ICAR formou um entendimento, entre o
alto clero, de que havia a necessidade de a ICAR obter a lealdade de um conjunto
de novos patrícios que fossem motivados o suficiente para colocar os interesses
da ICAR, representada na pessoa do Papa, acima dos interesses dos respectivos
reis locais federados.
Conforme já exposto, a
fundação do Islã no ano 632 transformou a
nação árabe numa potência continental que dominou um vasto território com vários
povos e idiomas, fato que, por um lado, favoreceu o exercício da primazia do
Papado de Roma sobre toda a cristandade, quando o domínio árabe muçulmano neutralizou os Patriarcados de
Jerusalém, de Antioquia e de Alexandria, após a invasão das
respectivas cidades sede em 650.
Por outro lado, a
manutenção do controle de Jerusalém pelos árabes muçulmanos, era um
constrangimento para o Papa de Roma e para o clero da ICAR perante os leigos
católicos.
Outra questão importante
era a motivação do ideário da Religião de Mistérios da Babilônia, que impelia seus
Iniciados de maior grau a estabelecerem a supremacia da ICAR sobre todas as
outras religiões sincretizadas com a Religião de Mistérios da Babilônia, principalmente:
– o Judaísmo Talmúdico dos
judeus dispersos pelo Império Romano e pelos Impérios e reinos vizinhos e
distantes, até o Oriente;
– o Zoroastrismo dos
Persas e de algumas etnias por eles dominadas até as fronteiras da Ásia Central
e do Vale do Rio Indo;
– o Hinduísmo dos
Indianos, os quais nem Alexandre III, o Grande (r.336a.C.-323a.C.),
conseguiu dominar inteiramente e anexar ao seu imenso
império;
– o Islamismo dos árabes,
com características muito semelhantes e afins ao Judaísmo
Talmúdico;
Conforme já visto, para
atingir tal supremacia, uma pré-condição era o completo domínio e controle sobre
a Judeia, especialmente sobre a cidade de Jerusalém, onde a ICAR deveria
construir o Terceiro Templo de Jerusalém como local de culto
CATÓLICO ROMANO.
Mas o Califa Omíada Abd al-Malik (r.685-705) frustrou os planos do Papa e dos Iniciados Católicos ao construir o Domo da Rocha, entre os anos 685 e 691, no exato local em que (ainda) será construído o Terceiro Templo de Jerusalém.
53.4 A Primeira
Cruzada
Para conquistar Jerusalém
e a Judeia, o Papado de Roma precisava do acesso por terra à Judeia a partir do
território do Império Romano do Oriente (Império Bizantino) sediado em
Constantinopla.
A oportunidade de mover um
contingente militar latino (franco-romano) através do território bizantino foi
proporcionada pelo pedido de ajuda do Imperador Aleixo
I Comneno do Oriente (r.1081-1118)
[1] ao Papa
Urbano II (p.1088-1099), para
combater os turcos
seljúcidas muçulmanos [2] que haviam invadido a
Anatólia.
A pretexto de "socorrer" o
Imperador do Oriente, mas com o objetivo de conquistar Jerusalém e de construir
ali o Terceiro Templo, foi promovida a
Primeira Cruzada em 1095. A convocação
para a Cruzada ocorreu no Concílio de Clermont em 1095, no qual o
Papa
Urbano II concedeu a indulgência plenária (pleno perdão) aos
católicos que participassem da luta contra os muçulmanos e os
pagãos.
A força militar dessa 1ª
Cruzada, sob comando de Godofredo de Bulhão (r.1099-1110) conquistou
Jerusalém, que passou a ser a sede do Reino
Latino de Jerusalém (1099-1291) entre 1099 e
1187 [3]. O êxito dessa Primeira
Cruzada também resultou na fundação dos Estados Latinos do Oriente, ou Estados Cruzados.
A conquista de Jerusalém e
a fundação dos Estados Cruzados foi uma grande vitória
estratégica do Papado de Roma sobre o Patriarcado de Constantinopla, e provou
que a estratégia dos Patrícios Iniciados de Roma, de agregar os reis e os nobres
dos Reinos Federados do Império Romano
do Ocidente à condição de Patrícios, tinha perspectiva de êxito em seus
projetos de longo prazo.
Foram fundadas, e extremamente fortalecidas, duas Ordens Iniciáticas Católicas sujeitas à autoridade do Papa com o objetivo de consolidar e manter a conquista de Jerusalém e garantir a proteção dos Estados Cruzados.
53.5 Os Cavaleiros de
Malta
Em 1099, durante a
Primeira Cruzada, foi fundada a Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São
João de Jerusalém, de Rodes e de Malta, ou Ordem
Soberana e Militar de Malta.
A Ordem Soberana e
Militar de Malta fez
parte da Liga
Santa
(1571-1573) com os Estados
Pontifícios, a
República de
Veneza, os
Reinos de Espanha,
Nápoles e
Sicília,
cujas forças foram comandadas por Dom João da Áustria,
meio-irmão do Rei Felipe II da
Espanha
(r.1556-1598) na Batalha de
Lepanto
(1571) contra os
turcos otomanos. Foi a vitória nesta batalha que encerrou as pretensões
otomanas de hegemonia no controle da navegação no Mar Mediterrâneo.
Esse precedente de participação militar da Ordem Soberana e
Militar de Malta na
defesa de interesses estratégicos de Roma foi significativo, e essa Ordem
assumiu posteriormente outras frentes de atuação, através da ação de seus muito
bem preparados membros em instituições governamentais de vários países.
A Ordem Soberana e Militar de Malta continua sendo uma Ordem Militar de orientação inequivocamente Católica Romana e possui hoje personalidade jurídica internacional. Ou seja, é um organismo internacional que possui uma sede atualmente localizada em Roma, e que mantém relações de caráter diplomático com governos de países integrantes da ONU.
53.6
Os Cavaleiros Templários
A Ordem dos
Templários
(1119-1312) foi alegadamente fundada com o objetivo de "proteger os peregrinos
cristãos" que iam a Jerusalém. Seu fundador e primeiro líder foi o nobre
francês Hugo de
Payens
(n.1070-1136), que assumiu o posto de primeiro Grão-Mestre da Ordem com o apoio
do Rei Balduíno II de
Jerusalém
(r.1118-1131). Também é conhecida como Ordem do Templo de Salomão.
Em 1128 o Papa Honório II (p.1124-1130) [4] reconheceu oficialmente a Ordem dos Templários e lhe concedeu isenções e privilégios que deveriam ser (e foram) reconhecidos pelos reis europeus da área territorial do Império Romano do Ocidente sob o poder da ICAR.
Em 29 de março de 1139, o Papa Inocêncio II (p.1130-1143) estabeleceu, através da Bula Papal Omne Datum Optimum [5], que o Grão-Mestre da Ordem devia prestação de seus atos apenas ao Papa, a quem poderia se dirigir diretamente, sem subordinação a mais ninguém da hierarquia católica ou da realeza católica.
O curioso é que o mesmo Papa Inocêncio II realizou em abril do mesmo ano de 1139 o II Concílio de Latrão no qual condenou a prática da usura [6] em seu Cânon 18. Isso não seria surpreendente, não fosse o fato de a Ordem dos Templários ter exercido atividades financeiras que são consideradas as precursoras do atual sistema bancário internacional.
Através de suas atividades no Oriente Médio, a Ordem dos Templários tornou-se imensamente rica e poderosa, para além das concessões papais.
A perda de Jerusalém em 1185 para Saladino (r.1174-1193), o curdo, Sultão do Egito e da Síria, e o fim do Reino Latino de Jerusalém com a invasão de sua capital Acre em 1291, foram eventos que comprometeram seriamente o prestígio da Ordem dos Templários, e suprimiram os argumentos dos defensores da Ordem.
Como consequência, o Rei Filipe IV da França, o Belo (r.1285-1314), pôde afrontar o poder dos Patrícios Iniciados de Roma, transferir a sede do Papado de Roma para Avinhão (1309-1377) [7], e usar a Inquisição como pretexto para confiscar os bens da Ordem dos Templários, cujos membros foram acusados de heresia.
Foi uma cínica e cruel ironia a acusação de heresia contra os Cavaleiros Templários com base em peculiaridades de seus rituais de iniciação e progressão na hierarquia de sua Ordem. Nada havia de extraordinário em tais rituais, os quais estavam perfeitamente inseridos na lógica dos rituais de iniciação e progressão adotados pelas Ordens Militares católicas, e que tinham em comum sua origem na Religião de Mistérios da Babilônia.
A afirmação feita no parágrafo anterior está fundamentada na INTRODUÇÃO desta postagem. Trata-se de um pressuposto assumido "a priori" por se tratar de informação sujeita a controvérsias, a despeito da enormidade de textos e evidências fáticas que confirmam esta afirmação.
Em 13 de outubro de 1307, Jacques de Molay, o Grão-Mestre da Ordem dos Templários desde 1298, foi preso juntamente com os outros Cavaleiros Templários que estavam na França. Ele foi executado na fogueira em 18 de março de 1314.
Há relatos de que os Cavaleiros Templários que conseguiram fugir da "Inquisição" promovida pelo Rei Filipe IV da França, o Belo (r.1285-1314) teriam se refugiado na Escócia com o apoio dos soberanos germânicos do Ducado da Baviera (1190-1918) e dos Iniciados na Ordem dos Cavaleiros Teutônicos (1193-hoje) da Prússia, cujas respectivas nobrezas se tornaram protetoras dos remanescentes e dos sucessores da Ordem dos Templários [8].
Na Escócia, os Cavaleiros Templários teriam auxiliado o líder e autocoroado rei Roberto I da Escócia (r.1306-1329) na resistência contra o rei católico da Inglaterra Eduardo II (r.1307-1327), de forma que conseguiram tamanho apoio da nobreza escocesa, que os sucessores da Ordem dos Templários, supostamente teriam dado origem à atual Maçonaria do Rito Escocês [9].
54. A
RENASCENÇA
Partindo das premissas expostas no tópico A CAUSALIDADE dos
acontecimentos históricos da INTRODUÇÃO e no inteiro conteúdo anterior desta
postagem, conclui-se que a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) foi criada e
manipulada com apoio dos Patrícios Romanos (do Ocidente e do Oriente) para
manter privilégios e interesses de classe social em meio às desordens provocadas
pelas migrações de povos germânicos, eslavos e turcomanos dentro do território
do Império Romano e pela indisciplina de muitos de seus reis locais
federados.
Conforme já exposto, o estabelecimento da Hierarquia
Católica, com a supremacia do Papa sobre todo o clero e todos os cristãos, e a
equiparação do ensino dos "Santos Padres" e
da "Tradição
Católica" à
própria Palavra de
Deus, deu
oportunidade para que fossem estabelecidos dois pesos e duas medidas, de forma
que práticas vedadas e possivelmente castigadas com a morte dos cidadãos comuns
eram possíveis à nobreza e à realeza que, em caso de exposição pública do "erro"
(crime) cometido, podiam NEGOCIAR a "absolvição" dos bispos e do Papa [10].
Com o passar dos séculos, no entanto, a obrigatoriedade de
agir sempre, e apenas, sob as condições estabelecidas pela ICAR levou alguns
nobres (patrícios) Iniciados a patrocinarem intelectuais que liam autores da
Grécia
Antiga e da
Roma
Antiga, os
autores
clássicos, com o claro objetivo de relativizar e esvaziar a
autoridade da ICAR na pessoa do Papa e, com isso, ampliar a liberdade de ação
dos Patrícios Iniciados.
O os fatos parecem indicar que as leis eram determinadas
por valores estritamente conformes à Doutrina Católica, de
forma que seria necessária uma mudança de valores sociais para que as leis
pudessem ser promulgadas e aceitas de acordo com critérios tão desvinculados da
Doutrina
Católica
quanto conveniente fosse aos Patrícios.
Algumas famílias estiveram na condução da política na
Península da Itália e da Europa. Três delas se destacaram na idade Média e seus
descendentes hoje atuam com menos evidência, mas não menos importância.
A família Gaetani (ou Caetani) da Lombardia
(norte da Itália), já havia colocado dois membros da família no Papado, o
Papa Gelásio
II (p.1118-1119) e o Papa Bonifácio
VIII
(p.1294-1303), que desafiou o poder do rei Filipe IV da
França, o Belo, ao
negar o pagamento de impostos pela ICAR na França.
Entre 1227 e 1447 a Casa de Visconti
esteve na condução da política da região da Lombardia com
sede em Milão. Vários bispos, arcebispos e o Papa Gregório X
(p.1271-1276) da ICAR eram membros dessa Casa, ou foram empossados sob
influência dessa Casa.
A Casa de Visconti
(1227-1447) foi sucedida no governo da Lombardia pela
Casa de
Sforza
(1447-1624), numa sucessão contínua e consanguínea, pois a filha legítima de
Filipe, Maria Visconti, casou-se com Francisco I Sforza, o
líder mercenário (il
condottieri) que
protegia Milão, o qual recebeu a "investidura imperial" (sic) [11] de Duque de
Milão em 1452.
A Casa de Visconti e a
nova Casa de
Sforza
continuaram aliadas e vários de seus membros foram patronos de artistas como
Leonardo da
Vinci
(entre 1482 e 1499) considerado um dos maiores expoentes do Renascimento.
O Escudo de Armas da Casa de Visconti foi
incorporado no emblema da Casa de Sforza e
está HOJE
representado no logotipo da marca de automóveis de luxo Alfa Romeo [12].
É uma coincidência extremamente interessante que o Escudo de Armas Visconti-Sforza seja uma estilização (simplificação) quase exata do desenho que representa o deus asteca Quetzalcoátl [13], o deus-serpente em cujo culto os sacerdotes cometiam horrendos sacrifícios humanos com o objetivo de impressionar e intimidar a população do Império Asteca.
Clique nos quadrados abaixo para visualizar as respectivas
imagens.
Escudo de Armas da Casa Visconti [Wikipedia].
Escudo de Armas da Casa
Sforza [Wikipedia]
Representação do deus asteca Quetzalcoátl conforme o Codex Telleriano-Remensis [Wikipedia em inglês]
54.1
A Academia de Florença
Na cidade italiana de Florença, o filósofo Marsílio Ficino
(n.1433-1499), filho do médico da Família Médici, fundou a Academia Neoplatônica
de Florença, com o patrocínio e a proteção do banqueiro e governante Cosme de Médici
(r.1429-1464).
Além de obras de Platão,
Marsílio Ficino também traduziu o Corpus Hermeticum, um
conjunto de 42 obras escritas por vários autores entre os anos 100 e 300, na
primeira pessoa, como se sua autoria fosse do deus egípcio Toth, chamado de
Hermes
Trismegisto (ou
Hermes Três Vezes Grande) [14] na religião
pagã sincrética da Roma Antiga.
A tradução do Corpus Hermeticum foi
encomendada pelo próprio Cosme de Médici e a
importância desse conjunto de obras está no fato de ser um compêndio do
conhecimento ocultista e iniciático do Egito Antigo e da
Antiga
Grécia, e
reservado, a princípio, apenas ao grupo de Iniciados no Hermetismo
(estudo de filosofia esotérica e ocultista), importante e influente grupo de
pensamento egresso da Religião de
Mistérios da Babilônia. O
Hermetismo
provê fundamentação, por exemplo, para a Ordem Rosa-cruz [15].
A Renascença foi a reação dos Patrícios, e de seus protegidos, descontentes com o excesso de superstições e regras impostas pelo clero da ICAR. Foi a tentativa dos adeptos das Ordens Iniciáticas e das Sociedades Secretas egressas da Religião de Mistérios da Babilônia de restabelecer a Cultura Clássica, da Antiga Grécia e da Roma Antiga, como base para o estabelecimento de um racionalismo alegadamente em oposição aos excessos das superstições católicas, e contra a Inquisição.
55. A
REFORMA PROTESTANTE E A SEPARAÇÃO ENTRE IGREJA E ESTADO
55.1
Os Judeus, os Burgueses enriquecidos, a Nobreza e a Realeza endividadas, todos
descontentes.
Conforme já exposto, o Edito de
Tessalônica
(380) proporcionou fundamentação para a instituição da Inquisição, a qual foi
usada contra judeus [16] e contra quem o
"tribunal" da Inquisição resolvesse considerar "herege".
Entre os "hereges", os inquisidores incluíam os cristãos
bíblicos que mantinham a fé no Senhor Jesus Cristo com base exclusivamente na
Palavra de
Deus,
cujos textos eram meticulosamente copiados e revisados, para quem nem um "j",
nem um "til" se perdessem [Mateus 5:17:18].
Conforme exposto na postagem 7.4 - UM
NASCIMENTO EM MEIO ÀS DORES, o Judaísmo Talmúdico
tem em comum com a ICAR a sincretização com a Religião de
Mistérios da Antiga Babilônia,
apesar de tais sincretismos terem históricos próprios. Como consequência dessa
afinidade, as lideranças judaicas e a realeza e a nobreza católicas
frequentemente compuseram um jogo de interesses mútuos. Tais interesses visavam
sempre a acumulação
de bens e de poder financeiro.
Nesse jogo de interesses, os membros da Elite Judaica foram
autorizados a fundar "casas bancárias" com as quais recebiam "depósitos
secretos" de reis e de nobres católicos. Os "banqueiros judeus" usavam, então,
da permissão de sua "Tradição" para emprestarem o dinheiro depositado por
católicos para outros católicos, mediante a cobrança de juros compostos nem
sempre baixos (usura).
Como
resultado, os católicos depositantes "não cometiam o pecado da usura" contra
outros católicos, porque quem cometia tal pecado eram os banqueiros
judeus.
Mas os judeus estavam permanentemente à mercê da morte [Deuteronômio 28:64-66], pois eventualmente eram os reis e os nobres católicos que se tornavam DEVEDORES dos banqueiros judeus.
55.2
A Inquisição era confisco lucrativo disfarçado de "caça às bruxas".
Os reis e nobres católicos DEVEDORES, usavam a "Santa"
Inquisição Católica para assassinar comunidades inteiras de judeus e confiscar
seus bens [17], de forma a
eliminar também os credores e, consequentemente, as dívidas.
A
"caça às bruxas" era, e ainda é, um pretexto perverso, mas convincente, para que
a população analfabeta acreditasse que a "Santa" Inquisição "protegia" o povo
das "heresias" e da "bruxaria"
[Leia a postagem 7.7.VI - A NADA
SANTA INQUISIÇÃO]
Na Rússia, tais extermínios (pogroms) que incluíam os judeus CREDORES, continuaram até a Revolução Bolchevique de 1917, e foram substituídos pelo extermínio dos desafetos da Elite Comunista, dos "não adaptados", e dos "resistentes" ao comunismo.
55.3
Solução para os judeus: a separação entre Igreja e Estado.
A "solução" para os banqueiros judeus foi viabilizada
através do patrocínio de ideais de SEPARAÇÃO ENTRE IGREJA E ESTADO, de forma a
incentivar reis e nobres a deixarem de prestar contas a Roma (ICAR) de tudo o
que faziam.
Um exemplo do imenso poder da ICAR foi a intermediação do
Papa Alexandre
VI (p.1492-1503, um criminoso) na disputa entre Portugal e
Espanha sobre posse das terras recém-descobertas pelos europeus, a América, que
resultou no Tratado de
Tordesilhas, de
07/07/1494.
Com o objetivo de obter a SEPARAÇÃO ENTRE IGREJA E ESTADO, os reis e nobres da região da Alemanha deram apoio a Martinho Lutero em suas 95 Teses (de Protesto) de 31/10/1517, no que foram acompanhados pelos reis e pela nobreza da Escandinávia.
55.4
A Reforma Protestante da ICAR.
Parte da literatura disponível sobre a Reforma
Protestante
(1517) argumenta que Martinho Lutero
(n.1483-1546) [leia a postagem 7.7.VII - O
PRINCÍPIO DE IMPARCIALIDADE], um
sacerdote católico membro da Ordem de Santo
Agostinho,
publicou as 95
Teses na
porta do templo católico de Wittenberg em 31/10/1517 primeiramente com o objetivo de iniciar a
moralização da Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) a partir da região
da Alemanha.
Admitindo que tenha sido essa a intenção original de
Lutero, certamente sua motivação surgiu depois da viagem que ele havia feito a
Roma em 1510 a serviço da Ordem de Santo
Agostinho. A
versão corrente é de que Lutero ficou profundamente decepcionado com a corrupção
e a imoralidade vigentes em Roma, inclusive entre o clero católico. É de se
concluir que Lutero constatou que a Família de Médici e as
outras famílias de Patrícios Iniciados que dominavam o Papado de Roma não
admitiriam mudanças, razão pela qual qualquer mudança teria de ser iniciada na
"periferia" do Sacro Império
Romano Germânico
(962-1806).
Por melhor que possa ter sido a intenção de Lutero, o
Papa Leão
X (p.1513-1521), não por acaso membro da Família Médici [18], excomungou
Martinho Lutero em 03/01/1521 com a bula papal "Decet Romanum
Pontificem".
A excomunhão de Martinho Lutero em 1521 foi a oportunidade
para que os nobres germânicos, descontentes com o domínio da ICAR na pessoa do
Papa, dessem apoio ao "reformador da fé cristã", em oposição à autoridade
absoluta e inquestionável do Papa. Em 1521, parte significativa da nobreza
germânica mantinha, desde 1314, laços com os sucessores consanguíneos e
ideológicos dos sobreviventes da proscrita Ordem dos Templários.
O patrocínio da Reforma Protestante proporcionou aos reis e
nobres da Europa Setentrional um rompimento "honroso" com a autoridade absoluta
da Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) representada pelo Papa de Roma
perante seus respectivos súditos "cristãos".
Afinal, as Igrejas Reformadas mantiveram o "Sacramento
Católico" do batismo de bebês. Ou seja: nos países "Reformados", continuou a ser
suficiente que uma pessoa fosse batizada numa igreja "cristã", e cumprisse com
formalidades socialmente reconhecidas como "cristãs", para ser considerada
"cristã" [leia a postagem 6 - A APOSTASIA DA
FÉ].
Outra afinidade mantida pelas Igrejas Reformadas com a ICAR
foi a antibíblica estrutura hierarquizada NICOLAÍTA,
derivada da Religião de
Mistérios da Antiga Babilônia, o
que facilitou o domínio da Elite de Iniciados Iluminados sobre as Igrejas
Reformadas, a mesma Elite de Iniciados Iluminados que já dominava a ICAR desde
sua fundação por Constantino I em 325.
Por um viés que o Autor deste blog ainda não identificou,
Martinho Lutero e os outros Reformadores mantiveram a situação descrita acima,
apesar de formalmente condenarem as "Sociedades Secretas", assim como o clero da
ICAR também as condenava.
O que pode ter induzido e mantido a susceptibilidade das
Igrejas Reformadas à poderosa influência dos simpatizantes da Religião de
Mistérios da Babilônia, foi
a manutenção da herética e mentirosa Teologia da Substituição, a qual
predispunha Lutero e os outros Reformadores a serem ferrenhos opositores dos
judeus e dos crentes bíblicos, um pecado gravíssimo.
Além disso, a mentirosa Teologia da Substituição estava, e
ainda está, vinculada com a FALTA de fé na Palavra de
Deus
expressa em Deuteronômio (4:2; 12:32); Isaías (40:8; 59:21); Jeremias 26:2; Salmo 12:6-7;
Mateus 5:17-18; Lucas 16:17; João (14:16; 25-26); 2ª Timóteo 3:16; 2ª Pedro
1:20; Apocalipse (19:13; 22:18-19). Leia esses versículos na postagem
3 – A BÍBLIA É A
PALAVRA DE DEUS.
Lutero, no entanto, foi abençoado com a consciência de que
somos salvos apenas e tão somente pela fé no Senhor Jesus Cristo, apenas pela
graça de Deus, e nada há que façamos que nos torne merecedores da salvação
[Romanos 3:8; Efésios 2:8-9]. Simplesmente a pessoa salva exterioriza o
resultado de sua salvação em seu comportamento. É a salvação que proporciona a
comunhão com o Espírito Santo e a consequente mudança de estilo de vida.
Lutero também agiu corretamente ao traduzir para o idioma
alemão (Hochdeutsch) o Textus Receptus grego do Novo Testamento e o Texto
Massorético do Antigo Testamento, reconhecidos como sendo A Palavra de
Deus
pelos crentes no Senhor Jesus Cristo desde o início da Igreja. Ao OBEDECER a
Palavra de
Deus e
traduzir corretamente a VERDADEIRA Palavra de Deus, Lutero proporcionou o acesso
de MILHÕES de pessoas ao conhecimento de Deus como Ele quer Se revelar em
Sua Palavra
ESCRITA.
Dessa forma, a verdade sobre a salvação só pela fé [Romanos
3:8; Efésios 2:8-9] cativou um contingente tão grande da população do centro e
do norte da Europa, que grupos de Iniciados de vários reinos, principados e
ducados (principalmente da Alemanha e da Escandinávia) aproveitaram a capacidade
de mobilização dessa população para desvincular os respectivos governos da
autoridade absoluta do Papa de Roma e do clero da ICAR.
Como se verá adiante, a reação contra tal "independência"
dos Países Protestantes ocorreu no âmbito ideológico e no âmbito militar, com a
atuação de novos atores vinculados à ICAR. A reação contra a Reforma foi marcada
pela ação militar do Sacro Império Romano Germânico e da Espanha, com
repercussões que alcançaram a Rússia czarista, em alianças que corresponderam
aos interesses momentâneos e de longo prazo das respectivas Elites de
Iniciados.
Quanto às consequências políticas da Reforma Protestante, foi graças à SEPARAÇÃO ENTRE IGREJA E ESTADO nos países Reformados que os banqueiros judeus, membros na Elite de Iniciados Iluminados, puderam contar com o apoio dos reis e dos nobres, também Iniciados nos "Mistérios".
55.5
Reforma Protestante, Casas Bancárias, Os Três Poderes.
Poucos anos após a Reforma Protestante, já havia Casas
Bancárias de judeus Iniciados com um imenso poder acumulado através da "rolagem"
de IMENSAS DÍVIDAS de nobres e de reis. Esse poder financeiro passou a ser
exercido sob a proteção dos novos ordenamentos jurídicos que passaram a ser
estabelecidos sob o patrocínio desses mesmos banqueiros, ainda que outros
interessados também tenham sido beneficiados com as mudanças nas legislações de
vários países.
As reformas legislativas foram acompanhadas pela
popularização do conceito da divisão do Poder Absoluto do Rei em Três Poderes do
Estado: Executivo, Legislativo e Judiciário [Montesquieu
(n.1689-1755)], independentes entre si, ainda que complementares.
Municiados de uma ideologia adequada, aos poucos, a Elite de Iniciados Iluminados judeus pôde compor forças com a Elite de Iniciados protestantes e foi iniciado o processo de esvaziamento do poder absoluto de alguns reis europeus. A monarquia parlamentarista foi o arranjo resultante em vários países europeus.
[Continua]
Leia a postagem 7.7.6 - OS QUATRO REINOS DE DANIEL E OS DEZ REINOS DO APOCALIPSE.
[1] Cf. http://pt.wikipedia.org/wiki/Aleixo_I_Comneno , página atualizada em 25/06/2013 e acessada em 21/09/2013.
[2] Cf. http://pt.wikipedia.org/wiki/Primeira_Cruzada , página atualizada em 21/09/2013 e acessada em 21/09/2013.
[3] Cf. http://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_Latino_de_Jerusalém , página atualizada em 24/07/2013 e acessada em 21/09/2013.
[4] Cf. http://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_dos_Templários#História , página atualizada em 23/07/2013 e acessada em 21/09/2013.
[7] Cf. http://pt.wikipedia.org/wiki/Papado_de_Avinhão , página atualizada em 14/03/2013 e acessada em 21/09/2013.
Essa transferência deu origem ao Grande Cisma do Ocidente (1378-1417), após o Papa Gregório XI (p.1370-1378) ter retornado a sede do Papado a Roma, e os reis franceses terem mantido um Papado concorrente ao de Roma em Avinhão (Avignon em francês).
Cf. http://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Cisma_do_Ocidente , página atualizada em 20/05/2013 e acessada em 21/09/2013.
[9] O site Espada do Espírito (http://www.espada.eti.br ) contém uma seção de Estudos sobre a Maçonaria (http://www.espada.eti.br/maconaria.htm ). São artigos escritos sob um ponto de vista bíblico e sua leitura é recomendável para alguém que crê no Senhor Jesus Cristo.
[11] Cf. http://pt.wikipedia.org/wiki/Francesco_Sforza atualizada em 16/03/2013 e acessada em 27/08/2013.
[12] O escudo de Armas dos Visconti, o afresco com o Escudo de Armas dos Visconti, o Escudo de Armas dos Visconti no Arcebispado de Milão estão ilustrados na página http://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_de_Visconti , atualizada em 17/08/2014 e acessada em 11/09/2014.
Escudo de Armas dos Visconti no emblema da Casa de Sforza está bem representado na página em inglês da Wikipedia http://en.wikipedia.org/wiki/House_of_Sforza atualizada em 16/07/2014 e acessada em 11/09/2014, e também os detalhes da pintura reproduzida na página em português http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:De_Sphaera_-_Allegory_Sforza.JPG , página atualizada em 17/08/2014 e acessada em 11/09/2014.
Sites da Alfa Romeo em inglês, italiano e português:
http://www.alfaromeo.com/com/ ;
http://www.alfaromeobr.com.br/logotipos.php .
Todos os links acessados em 27/03/2013.
[13] Cf. se constata ao comparar as ilustrações da nota de rodapé anterior com a ilustração referente ao Codex Telleriano-Remensis na página em inglês http://en.wikipedia.org/wiki/Quetzalcoatl atualizada em 08/09/2014 e acessada em 11/09/2014.
[14] Cf. http://pt.wikipedia.org/wiki/Hermes_Trismegisto , página atualizada em 18/07/2013 e acessada em 23/09/2013.
[15] Cf. http://pt.wikipedia.org/wiki/Hermetismo#Lectorium_Rosicrucianum , página atualizada em 21/08/2013 e acessada em 23/09/2013.
Ver também http://pt.wikipedia.org/wiki/Rosa-cruz , página atualizada em 14/09/2013 e acessada em 23/09/2013.
[16] As postagens 6 - APOSTASIA DA FÉ e 7.4 - UM NASCIMENTO EM MEIO ÀS DORES também expõem aspectos dessa questão.
[17] Um exemplo histórico e lamentável foi o Rei Luís IX da França, que em 1254 decretou a expulsão da França e o confisco dos bens de judeus que não se convertessem ao Catolicismo Romano. Cf. http://pt.wikipedia.org/wiki/Luís_IX_de_França#Zelo_religioso atualizada em 09/07/2013 e acessada em 27/08/2013.
[18] Conforme a Wikipédia, na respectiva página [http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Leão_X] atualizada em 04/06/2013 e acessada em 12/11/2013, o nome de batismo do Papa Leão X era Giovanni di Lorenzo de Medici, filho de Lorenzo de Medici, governante da República de Florença (1115-1532).
Giovanni (de Médici) foi tornado Cardeal em 23/03/1492, com apenas 16 anos de idade por determinação de seu pai, e só foi ordenado padre em 15/03/1513, seis dias DEPOIS de ter sido "eleito" Sumo Pontífice, para poder assumir a posição de Papa em obediência ao Direito Canônico Católico.
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