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7.7.VIII – O PURGATÓRIO, A
VERSÃO CATÓLICA DO PEDÁGIO PARA O CÉU.
Purgatório do ponto de
vista religioso.
A doutrina antibíblica do Purgatório estabelece uma afinidade (ou
um sincretismo) entre a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) e as religiões
pagãs que pregam a "purificação da alma" após a morte.
O Espiritismo Kardecista praticado no Brasil por católicos nominais
também é herança da doutrina do Purgatório.
Quando Elite da ICAR inventou o Purgatório, legitimou a ideia de
que é possível "ajudar a resgatar a alma
dos mortos" através das orações e as missas rezadas "pelas almas".
Dessa forma, os católicos vivos se tornaram "co-autores" da versão
católica da "salvação católica" de seus entes queridos já mortos.
A origem de tal doutrina é a Religião de Mistérios da Babilônia, que coloca o ser humano na autoria de sua própria "evolução espiritual" como forma de "salvação".
Nesse sentido, a doutrina católica associada ao conceito de
Purgatório NEGA a salvação unicamente propiciada pelo sacrifício vicário do
Senhor Jesus Cristo.
Leia na postagem A
ORIGEM DO MAL E A SALVAÇÃO
sobre o pecado original, a punição de Deus aos pecadores não arrependidos num
Inferno real, e a verdadeira salvação
dos que creem no Senhor Jesus Cristo.
O CONCEITO BÍBLICO DE
INFERNO
Infelizmente, a quase totalidade das traduções da verdadeira Bíblia para o português usam a mesma palavra Inferno para indicar TRÊS lugares diferentes designados por
palavras diferentes nos textos inspirados escritos em hebraico e em
grego.
Esse assunto é vasto o suficiente para ser objeto de uma postagem
(ou de um livro) a respeito. Então, para ser muitíssimo sucinto, cito a postagem
A
ORIGEM DO MAL E A SALVAÇÃO:
Conforme esclarece Hélio de Menezes Silva [1] no site Sola Scriptura
TT, a palavra inferno em português tem três acepções distintas no
Novo Testamento da Palavra de Deus, na qual são usadas três palavras
diferentes em grego:
1) O Abismo a que se
refere Apocalipse 20 é o Tártaro (do
grego Tartaroô), inferno onde Satanás
e todos os demônios serão retidos durante o Reino de mil anos do Senhor Jesus
Cristo na Terra [Apocalipse 20:2-3].
2) O Hades é o inferno para onde vão e
ficam retidos os espíritos dos humanos considerados por Deus merecedores desse
inferno [Lucas 16:19-31], até que O Senhor os ressuscite e efetue o Julgamento
Final do Trono Branco, conforme Apocalipse
20:11-15.
3) O Lago de Fogo, o Geena, é o inferno para onde serão
enviados Satanás, o Anticristo, o Falso Profeta, todos os demônios, a
morte e o próprio Hades, e os seres
humanos ressuscitados que forem condenados no Julgamento Final do Trono Branco
[Apocalipse 20:11-15].
O HADES E O DIA DO
JULGAMENTO FINAL
O Novo Testamento da Bíblia deixa claro que as pessoas que resistiram
contra a Palavra de Deus e contra a consequente regeneração
propiciada pelo Espírito Santo, e que, portanto, morrerem descrentes, ímpias e
más, terão seus espíritos enviados para um lugar de tormento chamado de Hades, palavra grega traduzida
genericamente como inferno em
português.
Essas pessoas terão seus espíritos retidos no Hades [Lucas 16:19-31]
até que termine o governo de mil anos do Senhor Jesus Cristo sobre este
Mundo, o Milênio Santo [Apocalipse 20:5]. Depois do Milênio Santo, o Senhor Jesus Cristo ressuscitará TODAS as
pessoas descrentes e más que já morreram, as quais passarão, portanto, a ter
CORPO e ESPÍRITO [Daniel 12:2;
Apocalipse 20:5,11-15], assim como as pessoas crentes que já terão sido
ressuscitadas no Dia de Cristo, que será o dia do Arrebatamento [2].
Após essa ressurreição dos ímpios, o Senhor Jesus Cristo procederá
ao Julgamento Final, o Julgamento do Trono Branco [Apocalipse 20:11-15]. Nesse
Julgamento Final, as pessoas que forem condenadas serão enviadas para o inferno chamado em grego de Geena, o inferno do Lago de Fogo Eterno,
para o qual o Anticristo e o Falso Profeta já terão sido enviados
após a destruição do Governo Mundial humano ímpio pelo Senhor Jesus Cristo em
sua Segunda Vinda.
OBSERVAÇÃO
IMPORTANTE: conforme pode-se ler na Tradução Literal do Texto Tradicional (LTT) de
Hélio de Menezes Silva, os versículos 2ª Tessalonicenses 2:8 e Apocalipse 19:20
mostram que, no final da Batalha do Armagedom, o Senhor Jesus Cristo anulará O PODER do Anticristo e do Falso Profeta, NÃO os matará, e lançá-los-á VIVOS no Geena, o Inferno do Lago de Fogo,
inaugurando-o [Apocalipse 19:20].
Essa observação é sempre oportuna, pois a maioria (ou
quase totalidade) das "bíblias"
(escritas para agradar os fregueses) têm uma "versão" de 2ª Tessalonicenses 2:8 na qual é
afirmado que, com o resplendor de Sua vinda, o Senhor Jesus Cristo matará (ou aniquilará) o Anticristo e o Falso Profeta, o que não é verdade,
pois a VERDADEIRA BÍBLIA não tem
incoerências!
O fato de os espíritos das pessoas que morreram descrentes e más
ficarem retidos no Hades até o Dia do
Julgamento Final foi aproveitado pelos ideólogos do Catolicismo Romano a INVENTAREM o conceito de
Purgatório.
A INVENÇÃO DO PURGATÓRIO
CATÓLICO ROMANO
Conforme a invenção dos ideólogos do Catolicismo Romano, o
Purgatório seria, a princípio, o mesmo Hades, onde ficam retidos os espíritos
dos mortos em impiedade até o Dia do Julgamento Final.
MAS, conforme a Doutrina Católica Romana longamente e
meticulosamente formulada por esses ideólogos, a "Igreja" (apenas a ICAR) teria, na pessoa
do Sumo Pontífice (o Papa) [3], a autoridade para "absolver pecados". Esses ideólogos afirmaram
que a autoridade do Papa chega ao ponto de ele estar em posição de conferir
autoridade e poder aos bispos e padres católicos de também absolver "as almas" das pessoas que já morreram!
Essa absolvição de pecados dos mortos seria de acordo com a
Doutrina de Penitências formulada pelos ideólogos da ICAR. Ou seja, "a alma" da pessoa morta poderia "receber méritos" através da intercessão
de seus entes queridos ainda vivos, aos quais estaria incumbida a tarefa de "cumprirem com as necessárias
penitências" para prover a "absolvição" de tantos quantos fossem os
pecados cometidos pelos seus entes queridos já
mortos.
Conforme a Doutrina Católica, as "penitências" incluem a celebração de
missas em "intenção da alma" da
pessoa que se quer absolver da condenação, de forma que a alma dessa pessoa
possa sair do Purgatório e ir para o Céu (ou Paraíso Celeste, um lugar
espiritual).
Nessa lógica distorcida, a "aquisição de mérito" pelas pessoas que
morreram também poderia ser alcançada pela contribuição financeira de seus entes
queridos ainda vivos para a "obra de
evangelização" (supostamente) exercida pela "Igreja" (apenas a ICAR). Note-se que "obra de evangelização" é toda a
atividade definida como tal pela hierarquia da
ICAR.
A celebração de missas é cobrada de acordo com uma aplicação
distorcida do justo princípio bíblico de que "o trabalhador é digno do seu salário",
conforme afirmou o Senhor Jesus Cristo [Lucas 10:7] e escreveu o Apóstolo Paulo
[1ª Timóteo 5:18].
De fato, de acordo com a Bíblia, o trabalho pastoral, inclusive de
padres católicos, merece a respectiva e adequada
remuneração.
MAS o pagamento pela celebração de missas "em intenção da absolvição das almas" dos
mortos, bem como as contribuições feitas através de doações de bens materiais e
o pagamento de contribuições em dinheiro para a "Igreja" (ICAR) com intenção de atribuir
"mérito espiritual" (e absolvição de
pecados) para os que já morreram são práticas ANTIBÍBLICAS e constituem uma
heresia extremamente grave e danosa.
Afinal, o sacrifício vicário (em nosso lugar) do Senhor Jesus
Cristo na cruz é SUFICIENTE para salvar toda pessoa que, em vida, crer e aceitar
o senhorio do Senhor Jesus Cristo [Lucas 23:43; Hebreus 9:26-28; Hebreus
10:12,14]. Quem morreu sem fé e em impiedade aguardará no Hades o Julgamento Final [Lucas
16:19-31; Hebreus 9:27].
O PURGATÓRIO COMO POSTO DE
PEDÁGIO PARA O "CÉU CATÓLICO".
O conceito de Purgatório como local de "purificação por penitência" e onde a
alma é passível de receber "mérito
espiritual imputado por contribuição à Igreja", bem como local intermediário
entre o Inferno (Geena) e o "céu
católico", propiciou uma eficiente fonte de renda para a ICAR.
O caso mais famoso e escandaloso foi do padre dominicano Johann
Tetzel (n.1465-1519) na Alemanha.
O Papa Leão
X (p.1513-1521) havia autorizado a concessão de indulgência (perdão de pecados) para quem doasse
dinheiro para a construção da Basílica de São Pedro em Roma, e para quem doasse
dinheiro para a "Igreja" (ICAR) em
favor de algum ente querido já falecido.
Johann Tetzel
pregava algo como "quando o som das
moedas tilintar no cofre da Igreja, a alma do beneficiado saltará do Purgatório
para o Céu".
Ou seja, independentemente de qualquer argumento sobre a autoridade
da igreja distorcidamente fundamentado em Mateus 16:15-19, Mateus 18:15-20, João
20:21-23, o fato é que padres da ICAR estavam VENDENDO o perdão "de Deus" para
as almas dos parentes daqueles "doavam" dinheiro para a construção da Basílica de São Pedro em Roma.
Mas quando se lê sobre o conceito de Purgatório e a doutrina das indulgências, fica claro que os católicos da Idade
Média eram colocados numa posição de extremo constrangimento e de eventual
menosprezo social, caso não "doassem" dinheiro suficiente para "livrar" seus
entes queridos do Purgatório.
Por outro lado, também adquiriam grande prestígio social aqueles
que "tinham a misericórdia" de usar de seus bens materiais para proporcionar "o
livramento" de seus entes queridos do Purgatório e da condenação definitiva ao
Inferno (Geena).
Ou seja, os
conceitos de Purgatório e de indulgência eram usados como
meio de obtenção de renda e de dominação social pela ICAR.
Tanto o conceito de Purgatório quanto o de indulgência são afrontas da Elite de Iniciados da ICAR
contra a reta, justa, única, inerrante, completa, coerente, necessária e suficiente Palavra de Deus.
Que esta postagem seja uma
bênção para quem a leu.
Florianópolis, 13 de setembro de 2014.
Texto revisado e ampliado em
03/12/2015.
[1] Tal esclarecimento
está disponível em nota de rodapé de [Mateus 11:23] no documento Mateus.docx do
Novo Testamento da Tradução Literal do Texto Tradicional, disponível em links informados no endereço:
http://solascriptura-tt.org e na parte de
arquivos para download do Grupo solacripturatt do site Yahoo!
[2] Leia sobre a diferença entre o Dia de Cristo e o Dia do Senhor, e sobre a Primeira Ressurreição na postagem 7 – OS SINAIS DA PROXIMIDADE DO ARREBATAMENTO.
[3] Leia nas seis postagens intituladas 7.7 – OS QUATRO REINOS DE DANIEL E OS DEZ REINOS DO
APOCALIPSE sobre a instituição do Papado como veículo de
exercício indireto de extremo PODER material dos Iniciados que ajudaram o Imperador Constantino
I (r.306-337) a fundar a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR)
no ano 325, a mantê-la no poder sobre o Império Romano decaído.
Os descendentes consanguíneos e os herdeiros ideológicos daqueles
Iniciados continuam a se beneficiar do exercício de
PODER da ICAR sobre todo o mundo.
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